ASSOCIAÇÃO CLÍNICA FRATER
INFORMAÇÃO EM SAÚDE
ABRIL DE 2018
GESTAÇÃO E DIABETES
Diabetes é uma doença metabólica, crónica, caraterizada por aumento da percentagem de glicose no sangue.
É a doença mais comum no período de gestação.
É responsável por elevados índices de mortalidade pré-natal, devido, normalmente, a fetos muito grandes (macrossómicos) ou deformações fetais.
A incidência de anomalias congénitas em filhos de mães diabéticas está relacionada com a presença de elevados níveis de glicose, no início da gestação.
A diabetes gestacional consiste numa condição de intolerância aos açúcares, de grandes variações de intensidade, caraterizada no início ou reconhecida durante a gestação, podendo, ou não, persistir após o parto.
O diagnóstico é feito através de análise de sangue, em consulta pré-natal.
Quando o nível de glicose for igual ou inferior a 90 mg/dl é considerada uma gravidez de baixo risco. Se ocorrerem fatores de risco o controlo deve ser mantido: análise em jejum, a partir das 20 semanas de gestação.
Uma análise com o resultado de 140 mg/dl de glicose confirma diabetes gestacional.
Fatores de risco: idade materna superior a 25 anos, baixa estatura, hipertensão arterial, história pessoal de diabetes, presença de parentes em primeiro grau com diabetes, aumento excessivo de peso, presença de grande quantidade de líquido amniótico e morte fetal ou neonatal sem causa aparente.
O tratamento inicial consiste em manter uma dieta adequada para controlar a glicemia da mãe e proporcionar uma adequada nutrição ao feto. Aconselha-se atividade física e controlo das glicemias capilares.
O emprego de anti-diabéticos orais é contra indicado nesta fase assim como devem ser evitados adoçantes à base de sacarina.
O tratamento com insulina deve ser instituído se não for possível manter níveis de glicose adequados.
É uma gestação de risco.
À medida que a gravidez avança a gestante deve ser observada pelo obstetra, uma vez por semana. Geralmente o parto é feito por cesariana para evitar riscos ao feto.
No pós parto os níveis de glicemia devem ser controlados e a maioria das pacientes não necessita de continuar o uso de insulina.
As mulheres que desenvolvem diabetes gestacional, com o avançar da idade, têm mais possibilidade de desenvolver diabetes mellitus.
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